Depois de anos sendo um pop culture junkie, finalmente resolvi canalizar minhas energias em algo útil (assim, dependendo da sua perspectiva). Esse blog tem, portanto, o objetivo de documentar quem está causando na cultura pop mas não comentando do óbvio e sim antecipando tendências e o que está por vir. E-mail me @ tacausando@gmail.com. Mais sobre a nossa proposta.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O momento onde tudo foi por água abaixo

Essas cantoras tinham tudo: prêmios, aclame, boas críticas e milhões de unidades vendidas. Porém, pequenos deslizes foram apontados como fatores definitivos no fim de suas promissórias carreiras.




Em 2004, com apenas 17 anos, Joss Stone explodiu na cena com um CD que iria kickstart o fenômeno de cantoras britânicas de soul (e que explodiria de vez em 2006, com Amy Winehouse). O álbum atraiu críticas positivas e vendeu bem em todo o mundo, com 2 milhões de unidades comercializadas só entre os EUA e o Reino Unido.

Porém, em 2007, depois de um pequeno hiatus, Joss Stone ressurgiu no BRIT Awards, a principal premiação de música do Reino Unido. Contudo, para o choque da platéia, depois de um tempinho nos EUA trabalhando no seu novo CD, Joss, nascida e criada em Kent, no sudeste da Inglaterra, apareceu com um bizarro sotaque americano.

Não deu outra: o público e a imprensa caíram em cima da jovem e seu esperado segundo CD, Introducing Joss Stone, foi um fracasso comercial no Reino Unido.

Nos EUA, por outro lado, o álbum teve um resultado decente, atingindo a segunda posição no Billboard e vendendo 500 mil unidades, o suficiente para disco de ouro.

Desde então, o momentum de Joss parece ter se evaporado mas, com o tempo, ela parece ter achado seu nicho. Amiga do Principe William, ela foi convidada ao Casamento Real e foi chamada pelo Mick Jagger para formar parte do seu novo super grupo de rock (que tinha a nobre função de promover celulares Nokia), Super Heavy, junto com alguns dos músicos mais respeitados do planeta (além do próprio Mick e de Joss, também está na banda Damian Marley, filho de Bob; o compositor ganhador do Oscar A.R. Rahman e o guitarrista dos Eurorhytmics, Dave Stewart). Ah, e o bizarro plot para seqüestra-la e assassina-la colocou o nome dela de volta na mídia faz algumas semanas.



Em 2009, Duffy parecia estar no topo do mundo: sua música Mercy era um sucesso global, seu álbum tinha vendido milhões de cópias em todo o mundo (só no UK, mais de 2 milhões de unidades foram comercializadas, um dos maiores sucessos da última década) e ela estava levando todos os principais prêmios para casa.

Com o mundo em suas mãos, a cantora galega achou que não teria nada de errado em aceitar a proposta milionária da Coca Cola para estrelar uma nova campanha para a Diet Coke.

A campanha estreou durante o BRIT Awards (aonde, dois anos antes, Joss Stone tinha destruído sua carreira), na mesma noite que Duffy ganhou três prêmios. Não deu outra: o anúncio foi universalmente criticado. Afinal, TUDO nele era annoying, a começar pelo HORRÍVEL cover de I Gotta Be Me.

O anúncio da Coca é apontado como o momento que destruiu a carreira de Duffy.

É claro que, sendo justo, isso é meio reducionista. Afinal, a carreira de Duffy esfriou inclusive em lugares onde a campanha nem sequer foi ao ar. O verdadeiro motivo que a carreira dela went south, na minha singela opinião, é que ela nunca foi verdadeiramente boa e vendia baseado apenas em hype.

Mas que a campanha da Diet Coke ajudou a colocar a cruz na carreira de Duffy, isso não tem como negar.

Um comentário:

  1. Feliz de ver um novo post aqui no blog! Adoro o blog, o jeito como é escrito e como mostra o que "Tá causando"! ;)

    Thamiris

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